Cadavre Exquis, parte I

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Esta forma de escrita-jogo, tem acompanhado os vários grupos das AECs de Filosofia para Crianças no Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres. 

No formato desenho ou no formato poema, ambas as narrativas surgem com a pretensão de o pensamento não ter pretensões. Lógicas, artísticas ou morais. Um pensamento automático e espontâneo oferece paisagens sur-réalistes. 

Eis algumas: 

Se eu fosse uma cidade…

Seria Paris

Gostava de ser Hollywood

Não gostava que andassem em cima de mim

Comia muitas pessoas
Seria Las Vegas

Seria de abracadabra

Seria uma cidade imaginária

Gostava de ser Liverpool

Estava cheia de formigas minúsculas (as pessoas!)

Não tinha vida

Queria que fosse a cidade do arco-íris

Eu era longa

Se eu fosse uma máquina…

Queria ser de lavar e secar

Queria ser do futuro

Transformava sapos em extra-terrestres cor-de-rosa

Fazia muitos chocolates

Se eu fosse uma máquina de lavar estaria com o estômago às voltas

Imitava o Cristiano Ronaldo

Queria ser um Lamborghini e um Jaguar

Trabalhava muito

Seria de beleza

Se eu fosse…

… uma sereia, mergulhava no mar.

… uma professora, acho que seria difícil.

... o Franck Ribéry, seria rico.

… um osso de ouro, todos os cães me queriam.

… uma banheira, adorava as águas brilhantes do futuro.

… sortudo, ganhava o euromilhões.

… um campo de flores, gostava de ser de muitas cores.

… viajante, queria dar a volta ao mundo de avião.

… Deus queria estra no céu ao pé dos meus amigos.

… o céu, gostava de ser cor-de-rosa.

… uma bola de futebol já estava cheia de pensos e almareada.

Pois bem: as próximas semanas descortinarão ainda mais a diferença entre o pensamento crítico e pensamento criativo e outros crivos lançarão novas perspectivas sobre estes cães que gostam de ossos de ouro!  

Grande produção do 4º A!

Obrigada!