Filosofia para Crianças

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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Fazer perguntas em vez de respostas






Depois da criação de desenhos foi tempo de produzir perguntas! Uma tarefa à partida simples, mas que este exercício revelou necessitar de algumas melhorias! Uma atividade de criação, observação e análise, produção de perguntas!
Ficam alguns resultados! :)







LSilva



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Razões para...


n = razão adequada ; z= razão desadequada
Hoje o 4º A indicou e explicitou razões para ações quotidianas: há quem lave os dentes por questões de saúde, por vergonha dos dentes sujos e/ou do mau hálito. Mas também por puro aborrecimento de estar num consultório à espera ou por pavor de ir ao dentista!
O P. sugeriu porque se não lavarmos os dentes teremos de usar aparelho, mas rapidamente se apercebeu que uma coisa não é consequência da outra. Utilizou então a cartolina z(razão desadequada).
 
 
Há quem coma sopa porque gosta, porque ficamos espertos (como acontece quando se come peixe, explicou o G. Temos que clarificar isto na próxima sessão, sem dúvida!), porque crescemos, porque ficamos saudáveis (aparentemente poderia tratar-se da mesma razão, mas o grupo discutiu e notou que é possível crescer não saudável. É o que acontece por exemplo a quem só come doces.) Há também razões morais, além do gosto e da saúde: está muita gente a passar fome e não vamos desperdiçar sopa.
A cartolina ztambém foi utilizada, nesta caso porque não gosto seria uma razão para não comer sopa, explicou o R.
 
 
As razões para correr formaram uma árvore com alguma piada já que há quem corra porque foge e há quem corra porque quer apanhar alguém.
Além disso correr faz músculo, ficamos treinados e previne distensões musculares e lesões, ficamos enérgicos e podemos entrar para uma equipa de futebol e, sem dúvida, é saudável.
 
 
 
O nosso quadro ficou cheio e nos últimos minutos da sessão percorremos as razões para irmos à escola. Porque dizem que é bom, porque me obrigam, porque aprendemos, porque teremos um bom emprego, porque ficamos mais inteligentes.
Hummm... - Pode existir inteligência sem escola?
Sim, há inteligência sem escola porque aprendemos sempre qualquer coisa com os outros (e não precisa de ser um professor ou um explicador.)
 
Grata a todos pela motivação
LSilva
 
 
Exercício retirado de Pensar a Brincar - Manual de Filosofia para Crianças de Dina Mendonça, Plátano Ed.
 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Os meus maiores sonhos são...

Esta semana o 4º A trabalhou a questão dos sonhos. Vista a polissemia da palavra (sonhos que podem ser bons ou pesadelos e que acontecem quando dormimos ou sonhos em que estamos acordados e do que queremos ser) passámos a dedicar-nos aos segundos.
Elencar, ordenar e colocar o mais importante para cada um no quadro foi o caminho.
 
Posto isto, tratámos de indagar porquê e para quê temos esses sonhos e o que é necessário para os alcançar.
 
O Manuel quer ter 5 Ferraris, 15 Lamborghinis, 11 Porches e 22 Bugattis;
O Vicente quer namorar com a B.;
A Lurdes quer ter animais;
O Rui quer ter um bom emprego;
O Tomás quer ser um jogador profissional;
O Zé não quer que a T. acabe com ele;
O José. quer que a T. goste dele;
O Igor quer ter uma casa em ouro (sanita, casa de Banho, etc...)
O Rui P. quer ser jogador profissional.
 
A Linda quer casar aos 34 anos para mostrar às pessoas que se pode casar mais tarde que os vinte anos. Para alcançar o seu sonho ela precisa de um vestido branco e de algum dinheiro.
- Só isso Linda?
Manuel - Também precisas de alguém que aceite.
 
A Bia quer ser uma aluna inteligente para toda a vida para poder fazer coisas novas e para alcançar o seu sonho ela precisa de partilhar.
- Porquê partilhar, Bia?
Bia - Porque se eu não partilhar com os meus amigos, eles ficam na mesma. E um dia, se eu precisar de ajuda, eles não vão saber ajudar-me.
 
Grata a todos pela sessão!
LSilva
 
(todos os nomes referidos no texto são fictícios)
 
 
 



 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

PINTURA DE MANDALAS - O DESPERTAR DO SER INTERIOR



 


 
As aulas do 2º B e 4º B têm sido de reflexão interior e expressão dos “mini-artistas”!

Iniciando a aula com uma breve explicação sobre o que são mandalas: “Manda quê professora?”

Após uma tempestade de ideias, lá concluímos que uma mandala tem usualmente a forma de um círculo e pretende trabalhar a concentração e a harmonia.

Pintámos Mandalas de Outono e como nas cores não quisemos ser poupados, não ficámos pelas cores pastel!




















Como somos muito curiosos, realizamos um jogo em que interagimos com dois frutos secos do outono: a alfarroba e a bolota. O olfato foi insuficiente para descobrirmos o que estava no “saco surpresa”. “Professora é uma folha?” O tato já permitiu chegar à identificação dos elementos outonais! A brincadeira culminou com a manipulação direta destes tão acarinhados frutos tradicionais algarvios.
Abraço
S.A.




Encontros do DeVir Jr - nas escolas básicas de Quarteira e Loulé


--Divulgação--
 
Workshops gratuitos de Voz, Percussão, Música Eletrónica, Dança e Filosofia Prática. Para alunos do 3º ciclo; (as inscrições foram prolongadas além de 20 de Out.):
 
«- Vamos fazer explodir Loulé & Quarteira com as tuas ideias!
Queremos fazer contigo um festival marcante, que invada a tua cidade, onde se fale do que normalmente não se discute e se discuta o que normalmente não se fala. Vamos inventar cidades imaginárias, novas e perfeitas, contribuir para que todos criemos de uma consciência cívica e ecológica.»
 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

«A Beatriz gosta de mim?»

 
Hoje, do 4ºA, deixamos as perguntas que os participantes mais desejam ver respondidas.
Depois de as elaborarem, selecionarem e por fim elegerem (de 5 ou mais, só uma foi para o quadro), tentamos uma legenda. Aí fica: 


Obrigada a todos pelo empenho!
LSilva

domingo, 12 de outubro de 2014

Estrela de Elogios









As sessões iniciais com as turmas do 2º B e 4º B foram, como é habitual no início do ano letivo, de apresentação. Nada melhor pensei eu: “Vamos fazer uma atividade de valorização pessoal – A Estrela de Elogios”.

Facilmente indicaram que o Elogio faz-nos sentir felizes!!!. Os alunos autoelogiaram-se, o que não foi fácil ao princípio, pois em vez de surgirem ideias positivas de si mesmos, confundiam-se os elogios com “intolerante”, “preguiçoso”, entre outros.

Após a construção da sua “Estrela de Elogios”, os alunos tiveram a oportunidade de por em prática a sua criatividade, decoraram-na ao seu gosto, expressando as suas “artes mágicas”.

Assim, terminámos os nossos “miminhos”, fortalecemos a nossa autoestima e aprendemos a ouvir e a elogiarmo-nos a nós mesmos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Quem se importa com o canário do Daniel?

A sessão hoje foi um delírio!
Recebemos a visita de alguns elementos do 2º C, o que animou bastante a conversa.
 
Ainda em torno do ponto de interrogação, e sabendo que «São coisas que usamos para perguntar coisas que queremos saber.» (Adriana) logo ficou claro que «Obrigada.» não quer saber nada, quer apenas dizer que estamos gratos por algo. (A Angelina mudou de ideias e deu um novo exemplo, agora sim, de um pergunta: «Queres ser meu amigo?».)
 
Pois bem, o ponto de interrogação é importante e fazer perguntas também!
 
Surge a discordância, pela voz do Guilherme: «Pode não ser importante. Quando alguém pergunta coisas e já sabe a resposta ou já sabe o que o outro vai dizer, não é importante.»
O Daniel concorda, mas com outra razão - a brincadeira: «Quando perguntamos, na brincadeira, "És maluquinho?" já sabemos que a pessoa não é e estamos só a brincar com ele.» Na verdade não queremos uma resposta.
 
Passemos a um pergunta realmente importante, então: «Será que o meu canário fugiu?». (Daniel)
A não ser que o leitor pense no seu próprio encantador canário imagino que dará menos importância a esta pergunta do que a «Tem a vida sentido?».
Mas, de facto, o Daniel e a sua família adoram o canário, «se ele fugiu pode ser comido por um gato» e «todos os outros pássaros darão bicadas nesse gato!». A pergunta é muito importante pois o seu desfecho pode trazer muita tristeza.
 
Porém, apesar de a Angelina também ter ficado muito triste quando morreu o seu gato e compreender o Daniel, a maioria dos elementos concorda que a pergunta não é importante - para milhões de pessoas no mundo o destino do canário do Daniel não é importante, logo a pergunta não é importante.
 
Entra na sala um elemento novo: o Luís. Excelente! Certamente trará uma ideia nova precisamente por estar totalmente fora do que ali estava em causa!
Infelizmente não. O Luís também não vê a importância da pergunta, pelos mesmos motivos já enunciados - para quase toda a gente no mundo, isso não é importante.
 
E assim se findou a hora desta sessão de Filosofia para Crianças: sem decidirmos claramente se a tão grande tristeza de poucos vale menos ou mais que a indiferença de muitos, mas sabendo que «uma pergunta pode ser e não ser importante ao mesmo tempo, embora para pessoas diferentes» (grupo)!


 
 
Grata a todos pela sessão!!
LSilva
 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O velho método socrático do diálogo

«A curiosidade da criança é inata, independentemente do seu sexo, nacionalidade ou classe social.» Nuno Lobo Antunes, Médico Pediatra

«Para alimentar a curiosidade é preciso perguntar e responder, consecutivamente. É o velho método socrático do diálogo.» Carlos Fiolhais, Físico


publicado em Jornal de Letras, 13 Novembro de 2013

?

Enquanto o fresquinho do outono faz as presenças do 2º A tímidas o Leandro e o Daniel bem observaram os benefícios e malefícios do desporto para o nosso corpo:
 
 
 
Além de nos cansarmos e termos dor de burro e de, por vezes, nos magoarmos, o desporto traz-nos energia, rapidez, leveza, equilíbrio e força: de facto assim podemos falar do desporto ou da Filosofia, essa prática que nos traz energia, rapidez, leveza, equilíbrio e força ao pensamento!
(Gostei especialmente de possíveis ligações, mas deixei para explorar mais adiante, por ser mesmo uma sessão inicial. É o exemplo de «Podemos magoar-nos a filosofar?» ou «O filosofar torna-nos mais leves?»)
 
Chegou a altura de escrever-mos tudo o que o ponto de interrogação nos faz lembrar:
uma colher; 3D «-Porque não sei o que é.», Leandro; O que é?; O quê?; Queres ir a Paris?; Estás bem disposto? e, refere o Daniel, «todas as outras perguntas que quisermos porque perguntamos coisas que não sabemos. Só depois é que sabemos sim ou não.»
 
Finalizámos a sessão de Filosofia para Crianças à volta da folha do Leandro que, por cada pergunta que queria escrever fazia uma outra! Encontrámo-nos com a noção de infinito: as perguntas não acabam!
 
Grata pela sessão.
LSilva

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Um Ano de Bons Resultados!


Filosofia para Crianças no AE Drª Laura Ayres

 Ano Letivo 2013/2014

 
  Um Ano de Bons Resultados! 




Mais um vídeo que mostra que Aprender a Ser, Estar e Sentir também é importante num Mundo (aparentemente)  cinzento! Vamos Sonhar às Cores!!!