Filosofia para Crianças

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

A Ideia do Garatujo - exposição colectiva


A IDEIA DO GARATUJO 
Exposição de desenho infantil a partir das produções dos alunos dos 1º A, 2º A, 3º B, nas AECs de Filosofia para Crianças e Expressões, em articulação com os alunos de ARTES do ensino secundário.
Em exercícios que pretenderam desenvolver as competências da definição, identificação, diferenciação, seriação… foi pedido aos participantes para desenharem:

uma coisa que sei e uma que não sei,
uma roupa para o Pai Natal usar nos países quentes,
os convidados do teu aniversário,
tem preço vs não tem preço,
…                                                              
O desenho infantil é desprovido de técnica, do adquirido por uma escolarização. É não sujeito a pré-conceitos, é imediato, representa o vivenciado e não o percepcionado, típico do adulto.
Se o adulto facilmente se desencoraja do desenho por não dominar a técnica, a criança não se identifica com tal definição de desenho e representa o sentimento momentâneo automaticamente.

"Criar é próprio do Artista; onde não há criação não existe Arte. Enganar-se-ia quem atribuísse esse poder criador a um dom inato. Em matéria de Arte, o criador autêntico não é somente um ser dotado, é um homem que soube ordenar, visando a determinado fim, todo um conjunto de atividades do qual resulta a obra de Arte. Assim para o artista, a criação começa com a visão. Ver, já é um ato criador e que exige certo esforço. Tudo o que vemos na vida quotidiana sofre, mais ou menos, a deformação engendrada pelos hábitos adquiridos e o facto é talvez mais sensível numa época como a nossa, onde cinema, publicidade, jornais impõem diariamente um fluxo de imagens preconcebidas, que são um pouco, na ordem da visão, o que é o preconceito na ordem da inteligência.
O esforço necessário para libertar-nos exige uma espécie de coragem; e essa coragem é indispensável ao Artista que deve ver todas as coisas como se as visse pela primeira vez; é preciso ver a vida inteira como no tempo em que se era criança, pois a perda dessa condição nos priva da possibilidade de uma maneira de expressão original, isto é pessoal.

Henri Matisse, in Art et Education - Recueil D'Essais, diretor de publicação Edwin Ziegfeld, coletânea editada pela UNESCO, Paris, 1954. 

Ora espreite... a escola:










quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Reportagem sobre Filosofia para Crianças, RTP 1

Ontem mesmo foi para o ar a reportagem sobre Filosofia para Crianças, pela jornalista Helena Figueiras (RTP) no programa Portugal em Direto.

A repórter assistiu à sessão do 4º ano, que está de parabéns pois proporcionou uma excelente sessão!

Pode assistir à mesma aqui a partir do minuto 11:38.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Os Bonecos das Preocupações

Os bonecos das preocupações têm 
a sua origem na Guatemala...


... e basta contar-lhes as nossas preocupações e colocá-los debaixo da almofada para dormirmos descansados!

Sessão de Filosofia para Crianças, 1º ano

Pizza Familiar










Sessão de Filosofia para Crianças,  1º ano.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

«Vamos a Votos!» - Limites do Critério Democrático

Numa sessão de Filosofia para Crianças não é raro o coro de vozes simultâneas de desacordo. Arrisco dizer que é um dos indicadores de qualidade de uma sessão.
Uma das reacções a esta confusão de «Siiim!» e «Nãaao!» inicial é «Vamos a votos!».

E isto motivou a sessão de hoje com o 4º ano.
O que nos diz a votação?
Serve para todos os casos?
O que não nos diz a votação?

Não sei se foi por grande parte da comunidade de investigação se ter ornamentado com as anteninhas de abelha, já ensaiando para o corso de carnaval, mas as ideias brotaram com velocidade e com qualidade!






Há pouco tempo houve eleições e os votos disseram «a opinião das pessoas», «as preferências por um candidato» e que «Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito pelos portugueses». Decidiu-se.
As pessoas pensaram que ele foi o melhor candidato porque: gostaram dos seus projectos (La.) observaram as suas características (mas às vezes os candidatos podem fingir) (J.), pensaram bem antes de ir votar (L.).

Partimos para outro caso «Que jogar no recreio?»
Sim, a votação parece resolver este problema. Mas para isso têm de existir várias opções!  (La.)

Outro problema mais: «Qual o jantar de logo à noite?»
A votação pode resolver esta questão. Mas há outras formas de resolver! 
- cada um janta o que desejar  (La.);
- é melhor escolher bifinhos de perú (L.), porque há no frigorífico, mesmo que a opção mais desejada seja frango assado. Porque: * não há frango; * ir comprar demora muito; * a loja pode estar fechada (M.)...
- não há escolha, é a mãe que faz. (L.)

Um problema um pouco mais difícil: «Roubar pode ser justo?»
Se em 8 pessoas 7 disserem que roubar pode ser justo, isso quer dizer que roubar pode ser justo?
Não. Porque sete podem estar erradas ou a pessoa pode estar sozinha e certa (M.). E porque pode ser ou não ser (J.). E portanto temos que pensar bem (L.) - que é como quem diz ver quando pode ser justo, quando é que não é justo, dizer porquê e só depois concluir. (La. e J.)

E a L. brindou-nos com um último limite do critério democrático - a verdade.
«Se a F. diz que a festa da J. é na hoje e a R. diz que não é hoje, ir a votos resolve nada.» (L.)


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Hummm... Cheira a Sócrates!

Enquanto subíamos as escadas para a sessão de Filosofia para Crianças do 1º ano...

- Hummm... Cheira a Sócrates!
- Cheira a quê, Tiago?
- A Sócrates. Sempre que estás aqui cheira-me a Sócrates!
- E que como é esse cheiro?
- Ohhhh, não sei explicar mas esta hora cheira-me a Sócrates.