Filosofia para Crianças

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quinta-feira, 12 de março de 2015

Três Pratos,Três Cenouras

Três pratos, uma cenoura, uma cenoura de plástico e uma cenoura imaginária.
Quais destas cenouras são reais?
 

As primeiras respostas da comunidade de investigação do 2º ano fora imediatas e em uníssono para a primeira cenoura. Só essa é real.
 
Até que critérios como «dá para pegar»; «dá para cortar»; «dá para morder» começaram a ser postos em causa pela Anabela - O meu cão morde os brinquedos todos de plástico. Logo se seguiram outras observações: Adriano - Ah pois! Também podemos pegar na cenoura de plástico e também podemos cortá-la.
 
Então isso quer dizer que ambas são reais?
O uníssono outra vez: «Nãao!»
 
A comunidade de investigação teve que investigar por meios mais empíricos: pegar na cenoura, ver o aspecto mais de perto; perceber a dureza da cenoura e da cenoura de plástico, até mesmo saborear a cenoura imaginária!



O Duarte refere o aspecto diferente da cenoura real por contraste ao da cenoura de plástico: - As cenouras verdadeiras são mais fininhas e a ponta é redondinha. Na de plástico é mais bicuda.
 
Para além de as cenouras poderem crescer diferentes e de os senhores que fizeram a cenoura de plástico, se quisessem podiam pintar as folhas de verde, os participantes apercebem-se de que o contrário de verdadeiro é falso. Então, a cenoura de plástico é falsa mas é real. (Duarte)
 
Até que o Adriano observa: - Se a cenoura de plástico pode ser cortada, se a podemos morder, então a imaginária pode ter tudo. Até pode ter uns olhinhos!

Então isso quer dizer que todas são reais?
 
Adriano - Sim, é só imaginar e a cenoura é real.
Duarte - Não! A cenoura imaginária não dá para comer. Por isso não é real.
Anabela - Sim. Se nós imaginarmos que comemos sopa de cenoura é como se comêssemos sopa de cenoura.
Facilitadora - E ficas sem fome?
Anabela - Sim, fico. Fico de barriguinha cheia! Hummm...Que delícia!
 


Inquiri sobre a mudança de ideias entre o início e o fim da sessão. Todos haviam mudado de ideias e isso fê-los sentir bem e muito bem. Agora têm uma ideia melhor. Além disso, nunca mudar de ideias é mau porque fazemos sempre as mesmas coisas, e não aprendemos.


(Este exercício tem o seu original com Três Bananas, que embora não altere o seu sabor fundamental, tem o toque especial de Tomás Magalhães Carneiro )

Grata a todos pelo envolvimento!
LSilva
 
P.S.: Comemos a cenoura no final da sessão. A imaginária também!
 

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